29 abril 2008

Reciclagem de Rolhas de Cortiça

Comece já hoje a juntar as suas rolhas de cortiça!

Assiste-se, actualmente, a uma grande pressão sobre as rolhas de cortiça, produto vital na cadeia de valor acrescentado que beneficia as comunidades rurais e que garante igualmente a sustentabilidade económica de todas as aplicações de cortiça. Esta pressão provém de produtos alternativos (vedantes sintéticos e cápsulas de alumínio), que são derivados do petróleo e do alumínio, indústrias ambientalmente nocivas.

Há, pois, que defender a rolha de cortiça como produto que garantiu e deverá continuar a garantir a manutenção do montado de sobreiros, um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do continente europeu e que se estima absorver, por ano, 4,8 milhões de toneladas de CO2, um dos principais gases causadores do efeito estufa e do consequente aquecimento global. Como a cortiça é a própria casca da árvore, também retém CO2 e ao ser reciclada, evitam-se emissões deste gás para a atmosfera, contrariamente ao que acontece quando se decompõe ou é incinerada.

O GREEN CORK é um Programa de Reciclagem de Rolhas de Cortiça desenvolvido pela Quercus, em parceria com a Corticeira Amorim, a Modelo/Continente e a Biological. Tem como objectivo não só a transformação das rolhas usadas noutros produtos, mas, também, com o seu esforço de reciclagem, permitir o financiamento de parte do Programa “CRIAR BOSQUES, CONSERVAR A BIODIVERSIDADE”, que utilizará exclusivamente árvores que constituem a nossa floresta autóctone, entre os quais o Sobreiro, Quercus suber.

O projecto foi construído tendo por base a utilização de circuitos de distribuição já existentes, o que permite obtermos um sistema de recolha sem custos adicionais, que possibilita que todas as verbas sejam destinadas à plantação de árvores. Tudo isto sem aumentar as emissões de CO2!

As rolhas de cortiça recicladas nunca são utilizadas para produzir novas rolhas, mas têm muitas outras aplicações, que vão desde a indústria automóvel, à construção civil ou aeroespacial.

A internacionalização do projecto está já a ser negociada. Em breve, as rolhas usadas de outros países europeus começarão a ser recicladas em Portugal, dentro de um esquema montado a partir daqui, resultando num contributo adicional para o esforço de reflorestações e conservação de florestas autóctones portuguesas. Este exemplo único de exploração de uma floresta autóctone, que conseguiu ao longo dos tempos conciliar criação de riqueza, serviço ambiental e impacto social positivo, irá agora completar este ciclo, renovando a própria floresta que esteve na sua origem.

http://earth-condominium.com/port/green.html

21 abril 2008

1º CURSO 2008


Iniciou-se hoje o 1º curso de 2008 sobre Higiene e Segurança Alimentar. Esta é apenas a primeira turma e estará em formação até ao próximo dia 6 de Maio.
Em breve anunciaremos a data para a inscrição de mais 24 formandos.

17 abril 2008

VEM AÍ O URSO…

"Masako Point" é o nome do espectáculo que estreou no espaço Negócio, da Galeria ZDB, em Lisboa, no âmbito de um projecto transdisciplinar desenvolvido por um colectivo de artistas portugueses e estrangeiros.

"A ideia partiu da equipa portuguesa, que começou a trabalhar num livro que se chama `101 Experiências da Filosofia da Vida Quotidiana`, de um filósofo francês [Roger-Pol Droit], que é uma espécie de livro de filosofia de bolso", disse à Lusa Paula Diogo, um dos elementos do grupo.
Conheceram-se no curso de encenação que a companhia britânica Third Angel deu no ano passado na Fundação Calouste Gulbenkian e apresentaram, na altura, uma proposta que consistia em fazer as 101 experiências que o filósofo propõe sobre a percepção da vida quotidiana e fazer um vídeo com elas, cujo registo poderia durar, no máximo, um minuto por cada uma. Fizeram uma primeira apresentação na Gulbenkian, mas depois acharam que "podia ser interessante" propor a mesma ideia de base a uma equipa de outras áreas, que não tivesse nada que ver com teatro, explicou Paula Diogo.

Assim, a Alfredo Martins, Cláudia Gaiolas, Paula Diogo, Simão Cayatte e Sofia Ferrão juntaram-se seis artistas convidados: Alex Alves (músico brasileiro de nacionalidade alemã que vive na Bélgica), Liina Keevalik (cenógrafa estónia), Lior Azivoor (bailarina israelita), Masako Hattori (japonesa residente em França que trabalha com vídeo), Mikko Hynninen (finlandês que faz desenho de luz e som) e Oren Sagiv (arquitecto israelita).
A partir da proposta da obra do pensador francês, desenvolveram o Projecto 101, que consiste num conjunto concertado de quatro acções - "flyers", ursos sociais, montras e o espectáculo "Masako Point" - cujo objectivo é "reorganizar a percepção e experiência do real".
Até 19 de Abril, serão distribuídos em bares e lojas da zona do Bairro Alto "flyers" contendo, como "sugestão-desafio", 26 das 101 experiências propostas na obra de Roger-Pol Droit, com indicações de tempo de duração e outras instruções.
"Há umas mais filosóficas e outras mais práticas, e outras ainda são piadas", observou Paula Diogo, acrescentando que "o autor não se leva muito a sério" e que, por isso, também eles seguiram esse registo. Entre as "provocações" impressas e distribuídas, estão: "sentir-se eterno, correr num cemitério durante meia-hora, imaginar a sua morte iminente, perder-se no metro durante meia-hora, beber água e urinar ao mesmo tempo, transformar-se em música e sorrir para um estranho ou dizer-lhe que é lindo".

A segunda acção do Projecto 101 intitula-se "Ursos Sociais" mas afinal, o urso é um só e vai andar pelo Bairro Alto, parando de vez em quando para tomar café e interagir com as pessoas.
"Pretendemos que estas acções sejam independentes, que sejam acontecimentos e causem alguma estranheza, para que as pessoas se interroguem sobre o que se passa", sublinhou.

A terceira, em funcionamento desde terça-feira, consiste em instalar nas montras de várias lojas, no trajecto entre o Largo de Camões e a Calçada do Combro, um circuito de televisões que passarão ininterruptamente vídeos criados pela equipa do projecto a partir da realização das 101 experiências.
Na quarta acção, o espectáculo Masako Point, em cena na Negócio ZDB também até 19 de Abril, "tentámos aplicar todas as ideias do Roger-Pol Droit e daquilo que ele pretende com o livro, que é uma alteração da percepção do real".
"Tentámos aplicar isso ao que nós conhecemos, que é o espaço do teatro, e tudo o que tem que ver com as convenções teatrais e com o que implica fazer um espectáculo", prosseguiu.
O nome "Masako Point" provém de uma "teoria comportamental de um francês que tem que ver com esta sensação de alteração da percepção de tudo o que nos rodeia e foi ela que serviu de base ao desenvolvimento do trabalho para o espectáculo. Por isso, achámos que fazia sentido que se chamasse assim", concluiu.


LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

11 abril 2008

CURSO DE HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR


CURSO 2008
Higiene e Segurança Alimentar

Local: Clube Rio de Janeiro, Rua da Atalaia nº 120.

Datas: De 21 de Abril a 6 de Maio.

Horário: De segunda a sexta-feira (2,5 horas/dia) das 15,00 às 17,30 horas

Formadora: Cecília Smith

Preço: 5 Euros/pessoa
(Toda a receita reverterá a favor do Clube Rio de Janeiro)

Inscrições: Até dia 18
Limite máximo de inscrições: 20

Todos os formandos terão diploma de formação certificado pelo Instituto do Turismo de Portugal no final da acção. As entidades empregadoras tem vantagens em enviar os seus colaboradores, pois desta forma cumprem um requisito legal relativo à formação.

10 abril 2008

10 ANOS


PROVEDOR DE JUSTIÇA PROPÕE FECHO ÀS 2 HORAS

Lisboa, 09 Abr (Lusa) - O provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, enviou um ofício ao presidente da câmara de Lisboa a defender a harmonização do horário de encerramento dos estabelecimentos nocturnos do Bairro Alto às "duas da madrugada".
"O Provedor de Justiça é favorável a que o horário de funcionamento dos estabelecimentos compreendidos no núcleo histórico do Bairro Alto não vá além das duas da madrugada", lê-se numa nota enviada à comunicação social pelo gabinete de Nascimento Rodrigues, na sequência das solicitações que "muitos moradores" têm feito no sentido do Provedor intervir junto da Câmara Municipal de Lisboa.
No ofício enviado a António Costa, o Provedor defende a necessidade de "reflectir sobre a pertinência em estabelecer, em regulamentação municipal, a interdição do consumo de bebidas na via pública, e o funcionamento dos estabelecimentos de portas fechadas" e sugere à câmara que comece "por recensear os estabelecimentos incómodos que mantenham funcionamento ilegal, determinar o seu despejo e promover a execução coerciva das ordens que não se mostrem acatadas no prazo para o efeito fixado".
Nascimento Rodrigues defende ainda que "as medidas anunciadas devem ser secundadas pelo encerramento dos estabelecimentos alvo de reclamações por parte dos moradores, sempre que se verifique que os mesmos mantém funcionamento em infracção aos requisitos de abertura ao público".
Para o provedor de Justiça, "trata-se de uma questão de saúde pública, e não apenas de incomodidade, já que a continuada exposição ao ruído diminui o sono, prejudica gravemente a saúde e compromete o rendimento profissional e escolar, além de poder constituir factor de patologias psicológicas graves".
Nascimento Rodrigues refere ainda que muitos bares e discotecas do Bairro Alto "abrem portas sem licença municipal, à revelia dos requisitos mínimos de funcionamento e em desrespeito dos horários autorizados" e que a maioria se situa em pisos térreos de edifícios de habitação.
Apesar de ter consciência de que os estabelecimentos em causa geram "riqueza e postos de trabalho e satisfaz a procura colectiva de locais de diversão nocturna", o provedor de Justiça sustenta que o seu funcionamento "nos moldes actuais prejudica os moradores vizinhos em termos de conforto, segurança, saúde física e mental".
Nesse sentido, "torna-se premente encontrar um ponto de conciliação entre a protecção da qualidade de vida dos moradores e a livre iniciativa económica dos proprietários, para o qual muito contribuirá a uniformização dos horários de encerramento", lê-se na nota de Nascimento Rodrigues
O Provedor de Justiça conclui, porém, que a disciplina dos horários de abertura ao público daqueles estabelecimentos "só se tornará eficaz se forem aplicadas sanções significativas para com os proprietários que não os observem, encerrados os estabelecimentos não licenciados e limitado o consumo de bebidas e alimentos na via pública"
A proposta de redução de horários do comércio no Bairro Alto, Lisboa, esteve em discussão pública até dia 29 de Fevereiro, mas foi cancelada pela Câmara de Lisboa, assegurou sexta-feira à Lusa o presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto.
"A proposta (dos horários) foi cancelada pelo presidente António Costa que também não concordava com ela", garantiu à Lusa Belino Costa, da Associação de Comerciantes do Bairro alto (ACBA).
Em termos gerais, a proposta apontava para o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais do Bairro Alto duas horas antes do praticado actualmente.
Na prática, caso a proposta fosse viabilizada, os bares que na prática funcionam até às 04:00 passavam a fechar às 02:00, as discotecas que funcionam até às 06:00 fechariam às 04:00 e o fecho dos restaurantes dependeria das classificações a que pertenciam, embora na generalidade ficassem obrigados a fechar às 00:00.
CP/NYM.
© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.2008-04-09 16:35:01

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=338659&visual=26

09 abril 2008

RUA PARCIALMENTE ENCERRADA


Parte norte da Rua Diário de Notícias, entre a Rua do Grémio Lusitano e a Travessa da Cara, está encerrada ao trânsito.
Segundo a explicação do polícia municipal que vigiava o local, o corte deve-se a perigo de desmoronamento de um edifício, o Palácio dos Andrades, para onde está projectado um novo Hotel, mas cujas obras estão embargadas.

07 abril 2008

LIMPEZA NO BAIRRO ALTO


A Câmara de Lisboa, a PSP e o Ministério Público vão constituir um grupo de trabalho com vista a combater o vandalismo e o tráfico de droga no Bairro Alto, em Lisboa. A primeira acção será uma operação de limpeza, visando os graffitis e outros actos de pequena delinquência. Ninguém fala em ‘tolerância zero’, mas é evidente a influência do que Giuliani fez em Nova Iorque. Os moradores e os comerciantes agradecem

Segundo o SOL apurou, a medida foi anunciada pelo próprio presidente da autarquia, António Costa, durante uma reunião na passada segunda-feira. No encontro, onde o líder do executivo municipal apresentou as «linhas de acção» para o Bairro, estiverem presentes elementos da Polícia, das juntas de freguesia da Encarnação e de Santa Catarina, da associação de comerciantes e ainda um arquitecto do gabinete técnico do Bairro Alto e da Bica.
Fonte oficial da Procuradoria-geral da República confirmou ao SOL a existência do protocolo, ressalvando, porém, que o compromisso continua «longe de estar concretizado, encontrando-se ainda numa fase incipiente».
O SOL sabe, contudo, que, nos termos no novo protocolo, o MP terá um papel determinante no enquadramento das sanções aplicáveis aos tipos de criminalidade mais frequentes no Bairro Alto. Em causa estão sobretudo as acusações de posse e tráfico de droga, bem como os actos de vandalismo.
O protocolo prevê ainda o reforço da vigilância por parte da PSP e uma campanha de limpeza de graffitis, conduzida pela autarquia. No entanto, as principais alterações prometem partir da intervenção do MP, que, à luz do Código Penal, deverá propor as melhores soluções de punição para os ilícitos e, numa fase posterior, perceber se o regime legal é eficaz.

06 abril 2008

PROPOSTA CANCELADA

A proposta de redução de horários do comércio no Bairro Alto, Lisboa, que esteve em discussão pública até dia 29 de Fevereiro, foi cancelada pela Câmara de Lisboa, assegurou a Associação de Comerciantes do Bairro Alto

«A proposta (dos horários) foi cancelada pelo presidente António Costa que também não concordava com ela», garantiu Belino Costa, da Associação de Comerciantes do Bairro alto (ACBA). A proposta foi contestada por comerciantes e frequentadores dos espaços nocturnos, que identificaram a falta de policiamento e de fiscalização como principal problema, considerando a proposta de «desastrada». Em discussão pública até dia 29 de Fevereiro, a redução proposta obrigava restaurantes, cafés, cervejarias e lojas a encerrar às 00hnos dias úteis e os bares e discotecas às 2h, sendo que apenas as discotecas teriam permissão para permanecer abertas até às 4h nas noites de quinta-feira a sábado, inclusive, duas horas mais cedo do que o praticado actualmente.
A garantia do presidente António Costa surgiu em reunião realizada esta semana com a presença de representantes das juntas de freguesia do Bairro Alto, PSP, Polícia Municipal, a Associação de Comerciantes e o arquitecto Nuno Morais.Dessa reunião surgiu ainda a indicação de que será realizado um reforço da iluminação pública e mais polícias na zona, de acordo com um protocolo já existente entre o Ministério Público, PSP e CML que visa melhorar a eficiência das forças policiais no combate ao tráfico de droga.Outra questão abordada na reunião prende-se com o número de estabelecimentos comerciais com processos pendentes na CML, sendo que 36 estão a funcionar sem projecto nem licença, existindo apenas a «intenção da autarquia em dar rápida resolução» ao problema.
Os responsáveis da autarquia têm nova reunião com os representantes das juntas de freguesia e da Associação de comerciantes, marcada para a próxima semana, onde se esperam novidades e linhas de acção mais concretas.

Lusa / SOL

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=87588/ 62 visitas

03 abril 2008

LISBON 500 PARTY PEOPLE


Chama-se «Lisbon 500 Party People» e terá lugar no Bairro Alto, em Lisboa no próximo dia 5 de Abril. Trata-se de um evento grandioso com música, dança, moda, teatro, artes circenses e projecções multimédia produzido pela Fiat e pela MTV e que marca o lançamento do novo Fiat 500.

Stefano Solfaroli, Director Geral da Fiat Group Automobiles Portugal afirma «O Fiat 500 é o modelo mais esperado do ano por ser uma reedição de um ícone e um moderno everyday masterpiece. Por isto mesmo, não seria razoável celebrar a chegada do Fiat 500 de uma forma tradicional, mas sim com um evento em tudo único».

A apresentação agendada para a capital – à semelhança das que já aconteceram em Turim e em Londres – pretende atrair milhares de pessoas para assistir aos vários espectáculos. Masters At Work, Felix da Housecat, Dezperados e Nicola Conte são alguns dos artistas escolhidos pela MTV que vão estar presentes. A componente artística compreende ainda 88 pessoas (entre artistas, bailarinos, músicos e figurantes) para o espectáculo histórico (50 anos do 500), 15 animadores, seis DJ’s e dois video jammers.

A Lisbon 500 Party People começa às 17 horas na Rua do Norte e Largo de Camões.

02 abril 2008

REUNIÃO COM O PRESIDENTE ANTÓNIO COSTA


Por iniciativa do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, realizou-se na passada segunda-feira, dia 31, uma reunião que contou com a presença de representantes das Juntas de Freguesia do Bairro Alto, PSP, Polícia Municipal, Associação de Comerciantes, e do Arquitecto Nuno Morais.
O Presidente António Costa começou por apresentar as “linhas de acção” para o Bairro Alto. Referiu, com início previsto para o próximo mês de Setembro, a realização de uma acção de limpeza de grafites na Rua do Norte, Rua da Misericórdia, Largo Camões e Travessa da Espera. Esta medida deverá ser integrada numa acção mais vasta de combate às grafites que incluirá a distribuição de kits de manutenção. Anunciou igualmente o reforço da iluminação pública assim como da acção policial, tendo referido a existência de um protocolo envolvendo o Ministério Público a PSP e a CML, que visa permitir uma intervenção mais eficaz das forças policiais no combate ao tráfico de estupefacientes.
Quanto a questões relacionadas com o licenciamento comercial informou existirem 70 processos pendentes na zona do Bairro Alto, sendo que 34 apresentaram projecto enquanto 36 estão a funcionar sem licença e sem projecto. É intenção camarária dar uma rápida resolução a tais situações.

Na sua intervenção a Associação de Comerciantes do Bairro Alto começou por destacar a necessidade de olhar para o Bairro Alto na perspectiva dos interesses da cidade de Lisboa e da sua própria imagem internacional. Sublinhou a decisiva importância de um combate eficaz ao tráfico de estupefacientes que, se continuar com o actual ritmo, irá afectar decisivamente as condições de habitabilidade e frequência de toda a zona. Neste contexto sugeriu-se o estudo e implementação de um projecto de videovigilância, a exemplo do que acontece por essa Europa fora. Tal proposta só teve acolhimento favorável por parte do representante da Polícia Municipal, mas o senhor Presidente, apesar de crítico, não afastou por completo tal possibilidade.

No sentido de se organizar e promover o futuro comercial da zona a ACBA propôs ainda a criação de um departamento de trabalho (integrado, por exemplo, no Gabinete Técnico do Bairro Alto e Bica), que pudesse desenvolver acções de valorização do património humano e comercial. “Abrindo portas em vez de as fechar”.

O levantamento da actual situação e respectivos problemas; a classificação das várias zonas em função das valências comércio/ habitação; a definição de uma estratégia para cada zona; a inventariação de uma bolsa de ofertas de arrendamento; a redefinição dos licenciamentos e classificações dos estabelecimentos comerciais à luz de um novo enquadramento, poderiam ser as principais funções deste organismo, que deveria ser acompanhado por um “Conselho do Bairro”, integrado por representantes das associações locais, Juntas de Freguesia, polícia local assim como alguns especialistas e figuras públicas, convidadas a participar pelo seu mérito e ligação ao Bairro. Este Conselho ajudaria a definir directivas a propor soluções e, ao fim de um ano, faria o balanço da actividade desenvolvida.

O novo gabinete para a promoção do Bairro e dos seus recursos humanos deveria ter ainda uma fundamental importância na defesa de um património comercial ímpar, como é o caso dos pequenos restaurantes familiares e tradicionais que estão ameaçados em fase de exigências técnicas e legais cada vez mais restritivas. Assim como na informação, esclarecimento e apoio aos comerciantes, especialmente aqueles cujos sectores estão em crise, como acontece com as pequenas indústrias gráficas ou com as Pensões e Casas de Hóspedes.

Em síntese, ajudaria a identificar problemas e a ordenar comercialmente o Bairro Alto, preparando-o para enfrentar as exigências do futuro.

A terminar a ACBA sugeriu ainda a criação de um Código de Boas Práticas Comerciais a ser debatido com todos os interessados. O senhor Presidente da Camâra pediu que trabalhássemos nesse projecto.

Nova reunião terá lugar no próximo dia 11.